Voei.
Para a cadeira de Teorias da
Comunicação, o professor pediu-nos para escolhermos um tema, refletirmos sobre
ele, e escrevermos sobre isso no teste. Eu escolhi os meios de comunicação
social e este foi o resultado:
A comunicaçãoo social é uma
ciência social aplicada, cujo objecto tradicional de estudo são os meios de
comunicação de massa – jornalismo, imprensa, etc...
Hoje em dia, a manipulação destes
meios pode ter consequências numa escala a nível planetário.
Na passada semana, o jornal
desportivo Record colocou o clube de futebol Sport Lisboa e Benfica em primeiro
lugar, errando propositadamente quanto às regras da liga portuguesa. Este caso
fez-me refletir sobre o assunto, não por ser sportinguista, mas por ser
portuguesa. Descaradamente, um jornal desportivo, teoricamente sério,
manipulava a informação apenas para colocar o clube a que é aficionado à frente
e assim vender mais jornais. O nível de jornalismo descia ao seu mais baixo
grau, assumindo que a publicação de noticias ia a seu gosto.
Tal como acontece no desporto,
acontece noutras temáticas mais importantes para o nosso dia-a-dia.
Hoje em dia, a publicaçãoo de
rumores tornou-se comum, publicação essa que influencia a opinião publica de
forma a encaminha-la para onde a linha do jornal decide encaminhar. O
jornalismo já não é jornalismo, e as noticias tornaram-se algo não fiável. A
problemática da questão encontra-se quando nos deparamos com um povo que ainda
não percebeu que isso acontece. Nesse caso, os media passam a deter um poder
não adequado, chegando ao ponto de ser perigoso.
Perigoso porque?
No dia 11 de Setembro de 2001 o
mundo mudou para sempre. Dá-se “o maior atentado à raça humana”. Não é verdade.
Ao longo da história da humanidade muitos outros atentados decorreram, onde
muitas mais pessoas tiveram a infelicidade de falecer. Porque é que este evento
teve então tanto impacto no nosso quotidiano? Pela primeira vez todo o mundo
viu em directo um atentado terrorista à civilização ocidental. Os media
transmitiram o acontecimento, e culparam desde logo a Al-Qaeda. Curioso como
dessa organização, instalada no Afeganistão (sem querendo desprezar a enorme
rede global), o governo dos Estados Unidos da América conseguiu ter a
aprovação do povo norte-americano para invadir o Iraque.
Através de conferencias de
imprensa, conseguiram convencer todo o planeta que era essencial invadir aquele
território devido às armas de destruição massiva inexistentes naquele pais.
Desde imagens manipuladas, a declarações erróneas a discursos bonitos. Estes simples actos
resultaram em milhares de americanos a perderem as suas vidas com a ideia de
que estavam a fazer algo para protegerem a sua pátria, quando, na verdade, nada
passava de uma guerra de interesses económicos, financeiros e petrolíferos.
Mas como escreve Mia Couto na sua
carta ao Presidente Bush: “Porque nós, caro Presidente Bush, nós os povos dos
países pequenos, temos uma arma de destruição massiva. A capacidade de pensar.”
Com isto quero terminar, concluindo que a comunicação social é muito poderosa
em povos ignorantes, mas seremos nós capazes de alterar esse facto? Sim,
educando as gerações vindouras, alimentando de cultura as nossas crianças, mostrando-lhes que questionar factos é importante, e, mais do que nada, que nós temos o poder.