segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Best of 2013 #3 - Dar Rumo ao Sporting


O Sporting estava mal. Pela primeira vez sentimos que o fim do nosso clube estava próximo, e muitos ficavam de braços cruzados a ver isso acontecer. Outros mostravam a todos que não o iriam permitir. 

Algo tinha de ser feito, e por muito apreço que tenha ao Bruno de Carvalho, acho que não esteve bem nesse momento.

O actual presidente decidiu dar muitas entrevistas em vez de agir realmente contra aquilo que se estava a passar naquele momento, e nas suas entrevistas falava muito, às vezes bem, outras vezes mal. Mas apenas falava. Eu falava muito. Às vezes bem, outras vezes mal. Mas apenas falava. E graças a Deus que apareceram dois sportinguistas que não falavam apenas.

Pegaram nos seus (poucos) recursos e lutaram contra aquilo que poderia ter levado o Sporting à desgraça: uma geração de presidentes que não contribuíam para os interesses do clube.

Neste sentido considero a coragem e a determinação de André Patrão e Miguel Paim o terceiro melhor acontecimento deste ano que está a terminar. Foram eles que mudaram a história do nosso clube, e deveriam ser eternamente recordados como tal.


Saudações Leoninas

Best of 2013 #2 - Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro. Nascido a 5 de Fevereiro de 1985, teve em 2013 o melhor ano da sua carreira.

Quando no ano passado todos achavam que, com a idade dele, começaria no declínio da sua carreira e da sua qualidade física e futebolística, Cristy surpreende-nos a todos com um ano espetacular, em que cada jogo que faz, é descrito como uma partida mítica,  fantástica, e merecedora do Balon d’Or.

Claro que nunca receberá o premio, o que seria Leo Messi não ganhar, mas é de conhecimento publico o quanto o merece neste momento. Pela primeira vez, até os fãs do argentino se rendem ao português, os jornais espanhois mostram o seu apoio, admitem os seus erros passados de crucificação em praça publica, e dizem que Cristiano é de ouro.

Melhor momento do homem foi, claramente, o querer ver o Sporting campeão. Qual golos impressionantes qual quê, logo quando já toda a gente pensava que no momento em que abria a boca não saía nada de jeito, eis se não quando nos surpreende a todos com a melhor declaração sua de sempre.

Porque ver o Cristy jogar dá prazer a qualquer admirador de futebol, fica aqui eleito como a segunda melhor existência deste ano, e todas as suas partidas incluídas nela.


Até o Carrillo jogou bem

Este ano somos Sporting outra vez.

 Perdi, provavelmente, uma das melhores noites em casa dos últimos tempos. Sporting – Belenenses com 37.000 pessoas e um 3-0 bem ganho. Não que os 3-0 seja algo surpreendente. Este ano já somos aqueles adeptos mal habituados que nem festejam o primeiro porque ainda vêm mais dois ou três. Coisa pouca.


O penalty é penalty. Eu que não sou grande fã destes programas desportivos dos canais informativos, ontem tinha o Contragolpe ligado enquanto ia fazendo a minha vida, e o Pedro Henriques explicou que em caso de falta fora das quatro linhas, se tinha de marcar na zona imediatamente dentro. É penalty, e não estamos a ser “beneficiados”, como agora os nossos rivais começam a parecer conhecer o conceito, mas só em relação ao Sporting Clube de Portugal.

 O Sporting está a jogar bonito. Está a jogar à campeão, e é de longe a equipa que, neste momento, mais merece sê-lo. Talvez, depois desta época de transferências assustadora que se aproxima, comece a perder qualidade devido às prováveis vendas que fará, mas nessa altura talvez voltaremos a pensar nisso.

Entretanto somos o melhor ataque, a melhor defesa, a melhor equipa, o melhor guarda-redes, o melhor avançado, o melhor medio, os melhores defesas, o melhor treinador, o melhor presidente. Numa noite em que até o Carrillo jogou bem, em que tivemos direito a 3 golos de portugueses, 3 golos da nossa formação, o Sporting afirmou que o seu primeiro lugar não foi pura sorte. Não vacilamos sobre pressão, e podemos ser campeões de Natal, mas somos uns grandes campeões de Natal.

 Por aqui, continuaremos a sonhar com os festejos no final do ano.


 ps- o que dá pena é que o Carrillo joga bem e a reacção dele é ir para o Main apanhar uma grande narsa... (Claro que não podia dizer bem, sem dizer mal)

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Best of 2013 #1

De modo a celebrar este 2013 que está a terminar, decidi fazer uma coletânea dos momentos mais marcantes para mim, pessoalmente e não só, deste ano.

Vale a pena celebrar e recordar os momentos bons, guarda-los, sorrir, esquecer os maus e aprender com todos. E por isso postarei aqui um momento/acontecimento por dia.

Em primeiro decidi escolher o meu blog Singularidades de uma Rapariga Sportinguista. Nascido a 6 de Janeiro de 2013, obteve mais de 2300 likes no Facebook, coisa que me deixa bastante orgulhosa. Não criei esta página com grandes espectativas. Toda a gente sabe que o futebol é um mundo de homens, e sabia também que seria bastante difícil inserir-me nesse meio, mas a verdade é que criei o blog para mim.

Estava em Madrid, a viver sozinha e a viver o Sporting sozinha. Não aguentava não ter ninguém com quem comentar, ter apenas quando vinha a Portugal e isso era demasiado pouco. Não criei este blog para chamar a atenção masculina, como já me acusaram. Não preciso disso. Não tenho falta de auto-estima a esse ponto, e se quisesse atenção passava à frente das obras de mini-saia e ficava satisfeita. Talvez seja um mau exemplo, mas vocês percebem-me.

 Apenas precisava de partilhar o meu amor ao meu clube numa altura em que muitos começavam a perde-lo. Gosto de escrever, sempre gostei, e as sugestões de arranjar uma coisa destas aumentavam com o tempo. Então decidi arriscar.

 Desde esse momento que me aconteceram coisas boas, e coisas más. Desde insultos e ordinarices, a bebidas à pala na noite, lidei com as coisas da melhor forma que podia e conseguia. Não vou parar tão cedo, embora às vezes não esteja tão disponível para escrever aqui e às vezes haja dias complicados, continuarei a honrar meu compromisso a mim própria, especialmente depois de um ano em que aprendi tanto sobre os sportinguistas, os lampiões, e sobre a coragem que estes têm virtualmente quando é em anónimo.

 Evoluirei com o tempo, e às vezes não escrevi tão bem como podia, mas também não sou perfeita, nem nunca serei. Simplesmente amo isto e amo o Sporting Clube de Portugal. E mesmo que não haja ninguém por aí a ler, também continuarei a escrever, fiel a mim mesma, até quando sei que é controverso aquilo que digo.

 Desde já vos agradeço a todos, pelas mensagens, pelo apoio, e pelas criticas construtivas, que essas sim, me deixavam mesmo feliz.

 Obrigada, mesmo, do fundo do meu coração.

 Saudações Leoninas

Madalena


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Off Topic - A importância dos meios de comunicação e o seu poder.

Voei

Para a cadeira de Teorias da Comunicação, o professor pediu-nos para escolhermos um tema, refletirmos sobre ele, e escrevermos sobre isso no teste. Eu escolhi os meios de comunicação social e este foi o resultado:

A comunicaçãoo social é uma ciência social aplicada, cujo objecto tradicional de estudo são os meios de comunicação de massa – jornalismo, imprensa, etc...

Hoje em dia, a manipulação destes meios pode ter consequências numa escala a nível planetário.

Na passada semana, o jornal desportivo Record colocou o clube de futebol Sport Lisboa e Benfica em primeiro lugar, errando propositadamente quanto às regras da liga portuguesa. Este caso fez-me refletir sobre o assunto, não por ser sportinguista, mas por ser portuguesa. Descaradamente, um jornal desportivo, teoricamente sério, manipulava a informação apenas para colocar o clube a que é aficionado à frente e assim vender mais jornais. O nível de jornalismo descia ao seu mais baixo grau, assumindo que a publicação de noticias ia a seu gosto.

Tal como acontece no desporto, acontece noutras temáticas mais importantes para o nosso dia-a-dia.
Hoje em dia, a publicaçãoo de rumores tornou-se comum, publicação essa que influencia a opinião publica de forma a encaminha-la para onde a linha do jornal decide encaminhar. O jornalismo já não é jornalismo, e as noticias tornaram-se algo não fiável. A problemática da questão encontra-se quando nos deparamos com um povo que ainda não percebeu que isso acontece. Nesse caso, os media passam a deter um poder não adequado, chegando ao ponto de ser perigoso.

Perigoso porque?

No dia 11 de Setembro de 2001 o mundo mudou para sempre. Dá-se “o maior atentado à raça humana”. Não é verdade. Ao longo da história da humanidade muitos outros atentados decorreram, onde muitas mais pessoas tiveram a infelicidade de falecer. Porque é que este evento teve então tanto impacto no nosso quotidiano? Pela primeira vez todo o mundo viu em directo um atentado terrorista à civilização ocidental. Os media transmitiram o acontecimento, e culparam desde logo a Al-Qaeda. Curioso como dessa organização, instalada no Afeganistão (sem querendo desprezar a enorme rede global), o governo dos Estados Unidos da América conseguiu ter a aprovação do povo norte-americano para invadir o Iraque.

Através de conferencias de imprensa, conseguiram convencer todo o planeta que era essencial invadir aquele território devido às armas de destruição massiva inexistentes naquele pais. Desde imagens manipuladas, a declarações erróneas a  discursos bonitos. Estes simples actos resultaram em milhares de americanos a perderem as suas vidas com a ideia de que estavam a fazer algo para protegerem a sua pátria, quando, na verdade, nada passava de uma guerra de interesses económicos, financeiros e petrolíferos.



Mas como escreve Mia Couto na sua carta ao Presidente Bush: “Porque nós, caro Presidente Bush, nós os povos dos países pequenos, temos uma arma de destruição massiva. A capacidade de pensar.” Com isto quero terminar, concluindo que a comunicação social é muito poderosa em povos ignorantes, mas seremos nós capazes de alterar esse facto? Sim, educando as gerações vindouras, alimentando de cultura as nossas crianças, mostrando-lhes que questionar factos é importante, e, mais do que nada, que nós temos o poder.



domingo, 8 de dezembro de 2013

Viva o Sporting carvalho!!

9 anos foda-se.

(Peço desculpa mas este nível de felicidade não me deixa controlar a minha linguagem. Vou começar de novo e prometo que não voltará a acontecer)

9 anos. 9 anos sem estarmos em primeiro isolados. 9 anos à espera de um mínimo de esperança. Somos sportinguistas, tínhamos sempre alguma, mas essa não era racional, era apenas amor. Esta é amor. É amor e é racional. Temos hipóteses, estamos em primeiro e só dependemos de nós.

Nós esperamos. Durante anos esperamos por uma brecha de esperança nas nossas épocas miseráveis. No ano passado sofremos, de cabeça erguida, mas sofremos, ao ver o nosso amor acabar em sétimo pela primeira vez. Vimos o Sporting no seu pior, vimos o Sporting sofrer, vimos o Sporting perder contra equipas vergonhosas, e mesmo assim mantivemo-nos, e dizíamos orgulhosamente que eramos Sporting.

Criei o blog numa altura em que nem eu própria não reconhecia o meu clube naquelas três palavras: Sporting Clube de Portugal. 

Não eramos nada do clube grandioso em que o meu avô me tinha educado.


Este ano vejo o meu símbolo renascer. Não me peçam para ter calma e pouco entusiasmo. Não hoje. Amanha já estarei mais consciente. Mas hoje... hoje deixem-me sonhar. Deixem-me voltar a sentir o meu leão como não sentia desde os 11 anos. Deixem-me voltar a sentir que somos capazes. Deixem-me sentir que somos candidatos ao titulo.

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Só porque me apetece dizer bem e mal de alguém


Apetece-me dizer bem:

Quanto ao jogo deste domingo passado, confesso que não consegui observar muito bem a partida. Acabei na bancada norte e a segunda parte só percebia que eram golos porque toda a gente festejava, já que a minha visão não é a melhor. 

Ainda assim, uma coisa para a qual não me falhou a vista foi para a magnifica qualidade que temos no nosso Willy. 

William de Carvalho, o monstro. 

A sua capacidade de decisão, o seu passe certeiro (apenas com um falhado em todos os 90 minutos), e a sua tranquilidade e qualidade fazem dele o melhor jogador do Sporting, para mim, dos últimos anos. 

Não me lembro de ver qualquer outro jogador a dar-me tanto prazer ao vê-lo jogar, e não me lembro de ver qualquer outro jogador que tenha tido tanto orgulho em vê-lo com aquela camisola vestida. 

Eu sei, já disse quarenta vezes bem do meu Willy, mas este... este agrada a sportinguistas, assusta lampiões, preocupa os tripeiros. Mas ninguém, ou pelo menos ainda não ouvi até aos dias de hoje, é capaz de dizer mal do mais fantástico jogador do nosso grande clube.

E viva a nossa formação!

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Apetece-me dizer mal:

Mais uma semana, e finalmente começo a reparar nos gritos de indignação ao Carrillo. 

Curioso, quando ainda há apenas umas semanas fui insultada e acusada de não saber de futebol porque não suportava a sua atitude em campo. E atenção, que apenas falei do quão desapreciava a sua falta de energia e esforço durante os 90 (a maior das vezes nem tanto) minutos. 

Curioso, quando me diziam que era um diamante por lapidar, e expressões bonitas deste género, e agora já ninguém quer saber disso. Não porque a exigência tenha aumentado, não porque estamos a perder e precisamos de mais atitude da parte dele. 

Mas apenas porque os sportinguistas (como a maior parte dos adeptos de futebol) têm uma memoria muito curta, e afinal a paciência, para esses lados, também tem limites.