sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Carrillo, tu vê lá o que andas a fazer...

Confesso que este ano ainda não vi nenhum jogo do Vitoria. Confesso não saber em que ponto é que aquela equipa está. Mas também confesso que fiquei muito agradada com o que vi no treino do Sporting, no estádio, na passada quarta-feira. Gostei do treino do Vitor, por exemplo, acho que temos ali um jogador, e de mais um ou dois putos que a falta de graduação nas minhas lentes de contacto não me permitiu distinguir. 

Gosto da nossa equipa. Menos o Carrillo. Esse palerma bem pode ir dar uma volta enquanto não começar a correr como deve ser. Eu não sei correr e no meu 10o ano, o meu professor de educação física pôs a turma toda a imitar-me a correr, porque era, de facto, ridícula. Braços para a china e pernas para Bagdad. Eu ri-me, achei piada, mas depois disso e da ameaça do professor de se não começasse a correr como deve ser, fazia aquilo todos os dias, eu comecei a esforçar-me um pouco mais e, embora continue sem saber correr, pelo menos tinha os membros do meu corpo todos em Portugal. 

Isto tudo para dizer que deviam fazer o mesmo ao Carrillo. Um puto que tem tanto, mas tanto potencial devia ser espezinhado para ver se ganha vontade de se levantar! Sim, eu digo que não se deve assobiar os jogadores, e deve-se motiva-los de maneira positiva, mas à quanto tempo é que já se tenta fazer isso com este atrasadinho? Já não tenho paciência para saber que podíamos ter ali o jogador que nos falta, o jogador que decide o jogo, o jogador que pegue na equipa e a leve para a frente e faça espectáculo, mas não temos porque o menino prefere não se cansar muito. 

Amanhã quero ver aquela camisola a suar, se não, serei a primeira a assobiar-te cada vez que tocares na bola. Essa camisola vale mais do que tu tens noção, essa camisola significa demasiado para nós, essa camisola não é para andar a passear no corpo de qualquer um. Queres vesti-la, merece-a. Não a envergonhes, não nos envergonhes, porque nós seremos-lhe sempre muito mais fiéis, que ao nome que trazes nas costas. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Singularidades off sporting #1 - As redes sociais

Facebook, twitter, instagram, vine, etc... são as redes sociais que hoje em dia condicionam o teu nível de “sociabilidade” ou não. Se não tens facebook, não existes. Os amigos que se têm nessa página, são, muitas vezes, pessoas que até podes conhecer de à milhentos anos atrás, mas que provavelmente na rua já nem cumprimentas. 

As coisas que pões lá definem como te queres mostrar para os outros. Estás triste: pões uma música deprimente com uma legenda com a frase mais deprimida de toda essa música deprimente. Estás feliz: pões uma fotografia super feliz. Estás triste, mas queres mostrar ao teu ex-namorado/a que estás feliz: põe uma fotografia na noite e rodeada de amigos, como se nada te importasse e não tivesses a chorar passado 5 minutos porque o álcool te subiu a cabeça.

O facebook, infelizmente, é como as tatuagens. Um amigo meu costuma dizer, e bem, “por muito que as pessoas digam que não, as tatuagens não são feitas para a própria pessoa ver, mas sim para transmitir algo ao mundo sobre o próprio”.  E até podem estar a pensar “mas o facebook não é tão permanente como uma tatuagem”. Ah, mas é. Aí é que se enganam. A internet é pior que uma tatuagem. A tinta na tua pele tu mostras a quem queres. Já as coisas virtuais passeiam-se por lugares que tu próprio desconheces.

Quantas vezes não ouvi já pessoas reconhecerem nomes por terem visto o perfil deles, ou quantas vezes não ouvi já falar mal de outras pelas fotografias que têm ou não lá? Não digo que eu não, vendo bem, talvez eu mais que ninguém. Isto de viver sozinha em Madrid durante quatro anos fez-me passear muito pelo mundo virtual. Mas agora estou a chegar à triste conclusão de que isso não contribui em nada para o meu intelecto. E o meu intelecto há que dedica-lo ao que realmente interessa.

Perde-se demasiado tempo a falar, a passear, a ver, a partilhar coisas no facebook, sem se ter noção de que podem estar a fazer exactamente o mesmo com o teu perfil. Dizer mal, dizer bem, comentar a fotografia, ou a partilha, contar histórias sobre o que se ouviu da pessoa, que muitas vezes nem são verdade. Às vezes, até grandes telenovelas se criam à volta de posts ou comentários.

Em Lisboa, goza-se muito com aquelas aldeias do interior do país. Que os jovens de lá não têm nada para fazer portanto começam a fazer sexo em idades muito precoces. Isto aqui é apenas uma aldeia em ponto grande, em que não se tem nada para fazer portanto fala-se.

Apaguei o meu facebook não por revolta do que as pessoas dizem de mim, se não, nem um blog teria. Apenas decidi, com muito orgulho de mim própria, passar a viver mais as coisas e pessoas que realmente posso ver e sentir, que os perfis e comentários delas.


(Agora vamos ver quanto tempo é que isto dura......)



terça-feira, 1 de outubro de 2013

Conceito Sportinguista-de-merda

Pois bem, no meu ultimo texto para o Cacifo fui criticada por vários leitores. Não só pela má construção da crítica, coisa que admito que seja verdade pela minha falta de prática nos últimos tempos, como também pela utilização das palavras Sportinguista de merda. Têm toda a razão, queridos leitores, esqueci-me dos tracinhos. 

Sportinguista-de-merda - exemplos: Figo, Roquette. Estes que se diziam sportinguistas são uns bons exemplos. Mas os maus sportinguistas não estão só lá em cima. No ano passado, o estádio enchia como enche este ano? Mesmo com as gameboxs compradas essa raça não aparecia. Essa raça é aquela que só aparece quando o Sporting joga bonito. Quando o Sporting não precisa. Quando o Sporting está lá bem alto para todo o mundo se orgulhar. Essa raça, no ano passado, tinha vergonha de ser do Sporting. Essa raça só se lembra do clube quando precisa de alguma coisa. Essa raça não defendeu o Sporting quando ele estava lá em baixo. Essa raça não tem sangue verde e branco a correr pelas veias. 

Eu tenho e não me julguem por não querer ser confundida com essa raça. Não quero que me incluíam nesse grupo de "pseudo-sportinguistas" de domingo à tarde. 

Portanto, mesmo com as críticas, continuo a dizer: não suporto sportinguistas-de-merda. E sim, da próxima vez que ouvir alguém assobiar, durante o jogo, os meus putos, arrisca-se a levar uma chapada, e olhem que a minha direita é pesada. 


(Vá, assobiem só o Carrillo que esse merece.)