quarta-feira, 12 de março de 2014

Onde anda o desporto futebol?

Mal posso acreditar que já passou um mês desde que escrevi o meu ultimo post no blog.. Entretanto muita coisa aconteceu, mas a maior reviravolta foi definitivamente a minha posição em relação aos árbitros. Há um tempo atrás, escrevi um post chamado "Oh Paixão, tu és um pão", que defendia que devíamos tentar elogiar mais os árbitros para ver se a graxa funcionava, já que os filhos da fruta durante os jogos não andavam a mostrar resultados palpáveis. Pois bem, agora defendo o “partam-lhes as pernas”.

 Há uns tempos, Pedro Proença foi agredido no Colombo por adeptos do benfica, e vejam lá se não resultou? Isto das manifestações não me parece uma atitude produtiva. Acho que apenas vai parecer que andamos aqui a chorar pelos cantos e não vai dar em nada. Vão aparecer 30 macaquinhos, os mesmos que apareciam na época Godinho, e ninguém lhes vai ligar nenhuma. Não estou a dizer, muita atenção, para não irem. Não estou a dizer que as soluções pacíficas são más. Não sou contra manifestações, já que digo, e com muito orgulho, que participei no 15M, em Madrid, dormi na praça do Sol, e ainda fiz de voluntária para limpar a sujeita em que resultou tal revolução. Não estou a dizer que não irei lá gritar pela verdade desportiva. Apoio totalmente as formas pacíficas de manifestação, mas não me peçam para acreditar que vai dar em alguma coisa.

 Eu sou uma realista. Uma sonhadora realista. Sonho, sonho, sonho, mas sei que não passam de sonhos. Sonho com um futebol sem enganos, sem corrupção, sem o-pintinho-está-senil-portanto-este-ano-já-não-há-porto, ou um o-pintinho-está-apaixonado-pela-nandinha-e-portanto-este-ano-já-não-há-porto. Sonho com um futebol com árbitros imparciais. Não digo perfeitos, mas que não se combine quem ganha ou perde nos bastidores. Sonho com um futebol sem fruta, um futebol sem negócios, um futebol que apenas seja... futebol.

Ás vezes, até penso que gosto mais do futebol que jogava na Escola Secundária, do que o que vejo na televisão, profissional e cheio de arte. A competitividade era a sério, não era comprada. Cada jogador corria, suava, sofria, magoava-se, pela equipa e pela vontade de ganhar, onde as faltas não existiam, e a altura da baliza era discutida intensamente cada vez que o golo era mais alto que o guarda-redes. Isso é futebol.

Aquilo que temos hoje em dia, já está muito longe disso. UEFA, FIFA, FPF, APAF são organizações que estragaram aquilo que de melhor existe: o futebol.